Graças à quarentena eu consegui melhorar minha autoestima e venho te contar como isso aconteceu e como você pode conseguir também!
Sem sombra de dúvidas, nessa quarentena estamos aprendendo a lidar com uma única pessoa: nós mesmos. Não tem sido fácil para muitos de nós ficar sozinhos, principalmente aqueles que moram longe de seus familiares e amigos. Muitas vezes sair era uma distração do que estava rolando la dentro de nossas cabeças. Agora fomos obrigados a conviver com essa loucura que é nossa mente e para alguns anda sendo enlouquecedor.
Não está sendo a mesma experiência para todos. Alguns engordaram, alguns emagreceram, outros cortaram o cabelo, outros aproveitaram pra deixar a barba crescer. Sem saber quanto tempo duraria o isolamento social, não sabíamos como prosseguir nessa convivência do nosso "eu" interior. Porém, independente de qualquer coisa, houve mudança. O mundo mudou, você mudou e eu também.
Dentro de tanta coisa triste que estamos vivendo (entre elas mais de 100 mil mortes e a saudade do contato físico), eu senti que consegui extrair um aprendizado e uma evolução em relação à minha autoestima. Para cada um tem sido uma experiência diferente, mas eu queria compartilhar com você o meu pensamento de como a quarentena me ajudou a me amar mais e como você pode fazer o mesmo!
Terapia floral
Acredito que o primeiro passo para irmos atrás do resgate da nossa autoestima é conversar com profissionais. Para minha sorte, minha mãe é terapeuta floral - ela está terminando sua formação, mas já me trata há um ano. Não é só ir na farmácia de manipulação e procurar por um floral que diz "para melhorar a autoestima", a terapia floral investiga o que faz você ter a autoestima baixa, ou qualquer outro problema seu. Por isso para mim foi essencial. A briga interna consigo mesma diminui e foi exatamente isso que aconteceu quando nessa quarentena eu tratei minha autoestima com terapia floral.
Recomendo que você busque meios de tratamentos que você se familiarize e que seja com profissionais dedicados, porque com este apoio + as dicas que vou dar abaixo, você vai ver o quanto sua autoestima vai mudar. Não posso recomendar os serviços da minha mãe ainda, porque ela ainda não se formou, mas recomendarei em breve com certeza!
Não devemos nada para ninguém
Com certeza você ja ouviu isso, mas em algum momento você realmente sentiu isso? Que não deve nada pra ninguém? Pois eu não. Eu sempre quis estar de acordo com padrões e estar visualmente aceitável para a sociedade. Com a pandemia, eu não tinha mais que me maquiar, colocar uma roupa bonita, fazer um babyliss, usar unha postiça. Então comecei a conviver comigo mesma, me olhando no espelho todos os dias com cara lavada, moletom e cabelo desarrumado. Como tudo na vida, foi uma questão de costume. Parei de ter o susto ao me ver no final do dia tirando minha maquiagem.
Percebi que eu me arrumava mesmo porque era isso que a sociedade espera de mim. Agora sme sair de casa, vi que eu consigo ser bonita por mim.
Isso significa que nunca mais vou me arrumar? Não! Mas quando falamos de autoestima baixa, estamos falando de não nos sentirmos bem em nos expor ao natural. Sair sem maquiagem é quase o mesmo que sair sem roupa - claro, variando da insegurança de cada uma. Mas agora na pandemia eu aprendi a ficar confortável, a sair de casa assim e me sentir bem! Não preciso estar com a pele lisa e os cílios cheios, entende? Ainda gosto de me arrumar, mas não me sinto incompleta caso eu não me arrume.
Sem cabeleireiro, sem progressiva
Nessa "vibe" de não ter que me arrumar e na falta do cabeleireiro nos primeiros meses de pandemia eu me joguei na transição capilar (inclusive fiz alguns posts já aqui no blog). Primeiro que sem sair, eu parei de fazer babyliss e vi que as pontas do meu cabelo liso eram horríveis. Eram lisas e pontudas, sem vida e sem formato nenhum. Logo pensei: então quer dizer que eu aliso meu cabelo pra depois ondular, quando meu cabelo é naturalmente ondulado? Onde está a lógica nisso?
Aproveitei que eu não tinha que sair, não teria que me arrumar e arrisquei a transição. Já estou no finalzinho, últimos meses e foi o processo mais incrível de autoconhecimento e autoaceitação. Minha autoestima deslanchou. Eu vi que eu me sentia muito mais bonita com o cabelo que eu nasci para ter. Aprendi a cuidar dele, pesquisei muito sobre finalizações, tipos de cabelo e cada centímetro de raiz que crescia eu me sentia mais eu. Ver meu cabelo ser ele mesmo me fez me amar mais. Parei de brigar contra algo que é natural do meu corpo e esse processo foi transformador.
Sem academia, sem desespero
Eu frequento academia há 5 anos e sou simplesmente viciada. Eu sou rata de academia mesmo! Mas antes eu me via treinando para conseguir um corpo ideal: barriga seca e bumbum empinado. Com a pandemia, as academias fecharam e por mais que eu quisesse muito treinar não era a mesma coisa. Me desmotivei, percebi que eu não teria os mesmos resultados. Eu chegava a treinar 3 vezes por semana e olhe lá (sendo que antigamente eu treinava 7 vezes por semana). Ainda por cima torci o pé duas vezes, o que me deixou 2 meses sem poder praticar nenhum tipo de exercício físico.
Eu pensei que eu fosse surtar, que iria odiar meu corpo sem gominho e com bumbum murcho Mas foi neste mesmo período que deixei de acompanhar as musas fitness e passei a seguir mais influenciadoras do movimento Corpo Livre. E foi assim que eu fui de "noiada" com meu corpo para completamente "desnoiada".
É doido dizer isso, mas foi como se eu tivesse mudado completamente minha perspectiva do que é um corpo bonito! Eu não ligo mais se minha bunda ta empinada, eu me sinto tão bem e tão bonita com meu corpo natural. Eu não tenho mais vergonha de postar fotos e videos da minha barriga na internet e olha que logo antes da academia meu corpo estava praticamente esculpido - e ainda assim que não era tão segura como hoje em dia.
Não é uma questão de ser magra ou ser gorda, eu não gostava do formato do meu corpo. Eu nunca achei meu corpo bonito e sempre lutei pra ir contra a natureza dele. Sem praticar exercícios físicos eu não me achei mais bonita do nada, mas eu aprendi a não ligar para as partes que eu via defeito (como meu "muffin top" e minha barriga). Eu vi que de tanta coisa na vida, essa era uma das menos importantes. E isso é a verdadeira autoestima. Não é você ter que se achar bonita, mas sim você não ligar se alguma parte do seu corpo está dentro dos padrões.
Não vou deixar de ir à academia, principalmente porque eu preciso fazer musculação por conta da minha coluna. Mas agora tudo está diferente, a pressão que eu coloco em mim é outra. O foco na academia não é mais esculpir meu corpo mas sim amá-lo.
Minha maior dica...
Aproveite esse tempo para lembrar que você pode ser 100% você dentro da sua casa, o tempo todo. Dance sozinha, cante musicas em voz alta, se olhe no espelho e veja como você é linda ao seu natural. Mais bonito do que um contorno de maquiagem é seu contorno natural, suas curvas, suas dobras. Você não precisa ter gominhos, não precisa ter cabelo liso, nem aquele espaço entre as coxas. Corpo bonito é um corpo saudável, um corpo que te move, que te carrega. Nosso corpo gera vidas! Quer algo mais incrível que isso?
Esse é o corpo que nos sustenta a vida toda e a mídia nos ensina a odiá-lo! Sempre temos que mudar algo. Mas afinal, estamos mudando para quem? Para nós mesmas ou para a sociedade?
Lembre-se que podem vir pandemias, podem vir terremotos, podem vir dias de sol e dias de chuva, mas o seu corpo sempre estará com você. Trabalhe mais nas maneiras de amá-lo do que odiá-lo, porque ele não vai a lugar nenhum. Seu corpo é seu, somente seu, ninguém pode te convencer que ele não é bom o suficiente. Ele é suficiente e ele é lindo. Somos todas lindas!
Eu espero que minha experiência te inspire e que você inspire outras mulheres. Vamos nos amar e nos aceitar, o mundo já é muito doido por si só. Dentro de tanta loucura que está acontecendo no mundo atualmente, essa é a melhor oportunidade para olharmos para dentro e ver tudo que lindo que temos.
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